A Comissão Externa da Câmara dos Deputados que acompanha as investigações sobre as denúncias de desvio de recursos públicos na Assemléia Legislativa do Pará (Alepa) esteve em Belém, no último dia 12, e propôs a abertura de uma nova frente de trabalho aos órgãos competentes. Documentos e depoimentos indicam que houve fraude em licitações e que elas desviaram muito mais recursos que as fraudes na folha de pagamento.
Os deputados federais Cláudio Puty (PT-PA), coordenador da comissão, Jean Wyllys (Psol-RJ), Delegado Protógenes (PCdoB-SP) e Francisco Praciano (PT-AM) estiveram reunidos com representantes do Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Receita Federal. Os órgãos investigam contratação de funcionários “laranja” e “fantasmas”; a contratação de cerca de 700 estagiários; e o desvio de imposto de renda e previdenciário.
Segundo o deputado Delegado Protógenes, o rombo, atualmente calculado em R$25 milhões, no período de 2007 a 2010, deve ultrapassar R$60 milhões em cinco anos. Mas o volume ainda precisa ser somado a, pelo menos, outros R$8 milhões, referentes a um esquema com empresas-fantasma, conforme revelações feitas pela deputada estadual Regina Barata (PT-PA). Por isso, as investigações devem retroceder à gestão da Alepa nos anos 2005 e 2006, a pedido da Comissão Externa, que repassou aos órgãos os documentos entregues pela ex-parlamentar paraense.
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